Nem todos sabem que as plantas medicinais podem ser muito eficientes em promover a harmonia e equilíbrio emocional.
Os desequilíbrios emocionais podem se manifestar através dos mais variados gatilhos, sendo os mais comuns os traumas, frustrações pessoais, crenças, mas também por ação de estímulos externos como o clima, má alimentação, fadiga, desafios comportamentais de convívio, entre outros.
Quando alguém está sob impacto de um estado emocional desafiador, o volume de energia dispendido é muito grande.
Todos nós já passamos por isso e ao final de uma crise emocional é comum a pessoa se sentir “drenada” e cansada.
Alguns povos dizem que quando a pessoa está doente é porque algum “demônio” se apossou do indivíduo e tornou seu corpo enfermo e que o correto é expulsar isso para que a pessoa possa melhorar.
Os chineses têm uma visão ligeiramente diferente disso, mas igualmente surpreendente para os nossos ouvidos ocidentais que diz que os órgãos internos são, na verdade, divindades que não nos pertencem e que regem o bom funcionamento do organismo.

Quando a pessoa adoece é porque agrediu à um dos seus deuses internos, que moram nos órgãos e eles revidam mostrando o seu desagrado.
Independentemente de serem deuses ou demônios que provocam nossa dor, o que cada uma destas visões quer compartilhar é que nós temos uma ilusão de unidade, provocada pela nossa percepção cerebral.
Acreditamos que nosso corpo é uma coisa só, mas os orientais descobriram que somos uma completa e complexa ”sociedade interna” que tem diversos participantes que desempenham funções variadas e importantes, em muito níveis além do orgânico.
Nós chamamos no ocidente estes participantes de órgãos internos e estes são organizados em uma perfeita hierarquia onde cada um deles domina um território pessoal, com seus servos e limites próprios.
Por exemplo, o Pulmão é um dos soberanos do corpo que tem como súditos diretos – o intestino grosso e a pele – e o seu território se expande do sistema respiratório, ao sistema imunológico e excretor.
Quando alguma coisa não vai bem no reino dos pulmões, a pessoa pode ter problemas respiratórios, alérgicos, baixa imunológica, problemas de assimilação e excreção e tudo isso tem sua manifestação mais visível ao observarmos a qualidade da pele.
Vários fatores podem interferir na felicidade do Reino dos Pulmões, mas um dos principais são as questões emocionais.
Por exemplo, se alguém ficar exposto a uma tristeza de longo prazo – como em caso de luto – pode provocar danos a energia dos pulmões e desencadear uma reação e, por exemplo, desenvolver uma gripe ou mesmo uma pneumonia.
Isso significa que todas as pneumonias são de fundo emocional?
Não, mas significa que se a energia dos seus pulmões estiver em “depleção”, ou seja, em baixa, você estará mais suscetível a permitir que um vírus oportunista como o da gripe ou da pneumonia possam ganhar espaço e se manifestar.
Isso pode acontecer com intensidades variadas, dependendo do quão debilitada a energia estiver.

Por isso, algumas pessoas que têm pneumonia reagem ao tratamento e voltam a ficar bem e outras não conseguem ter sucesso.
Então, agora você já descobriu que seu corpo é dividido em diversos reinos, com organização, hierarquia e leis próprias e que cada um destes tem um inimigo mortal na forma de um tipo de emoção negativa.
No caso dos pulmões, o inimigo que tenta derrubar as muralhas de seu reino para saquear sua energia é a tristeza.
Assim, dependendo do grau de sua tristeza, você pode chegar a provocar uma severa brecha nas defesas dos pulmões que pode levar a diversos problemas de saúde, todos relacionados ao reino dos pulmões: doenças do próprio pulmão, do intestino grosso, da pele ou ainda problemas respiratórios em geral, do sistema imunológico e excretor.
Já que estamos falando dos pulmões, vale acrescentar que o seu nível de energia pessoal também é medido pela qualidade da energia deste órgão, uma vez que os pulmões regem a absorção da energia vital que se dá através da respiração.
As plantas medicinais têm duas formas de nos ajudar a manter (ou recuperar) o equilíbrio no reino dos órgãos internos: de forma preventiva ou como tratamento de uma situação já instalada.

Sempre que possível é melhor atuar de forma preventiva, mas quando isso não é uma alternativa, podemos proceder um tratamento com ervas indicadas, nas doses adequadas durante o tempo necessário e com a frequência de uso correta.
Cada órgão tem plantas medicinais específicas para tratar distúrbios associados aos desafios emocionais de cada órgão principal, mas cada pessoa precisa ajustar sua dose de acordo com a seu biótipo.
Se você gostou deste tema e tem interesse em conhecer todos os órgãos e seus “reinos”, as emoções que precisam ser equilibradas em cada um deles e, principalmente, saber quais as plantas medicinais locais que promovem este equilíbrio e a forma prepara-las, participe da web série do Clube das Plantas Brasileiras e acesse todos os meses o passo a passo sobre as plantas locais que ajuda a equilibrar as emoções e como prepara-las para seu uso pessoal.
Você é nosso convidado para saber mais.
